
Ando a ler o "Diário de Anne Frank".
Livro que já deveria ter lido há muito mas nunca tive oportunidade mas, como clássico que é, era imperdoável não lê-lo.
Em conversas com a Alice, minha sogra, soube que esta participou em várias peças de teatro, ainda no tempo que nem tudo se podia dizer no nosso país. Uma delas foi precisamente "O Diário de Anne Frank". E quem fazia de Anne? A minha querida Alice, pois claro!
Ainda mais vontade tive o ler.
Para os que não sabem, trata-se de um relato diário de 3 anos, em que Anne, sua família e outros, viveram num anexo, como fuga à perseguição nazi.
Imaginem-se a viver num sítio com poucas condições e no qual não se podiam movimentar das 8:30 às 16:30 pois, por debaixo do anexo, trabalhavam pessoas...muita falta de ar, estão a imaginar?
E pró que me deu hoje?
Ao subir as escadas do apeadeiro do comboio, olhei para os demais e pensei:
"Será que nós, portugueses, numa situação horrível destas de guerra, nos uníamos como um todo? Como nos iríamos sentir se o nosso Portugal fosse ocupado por uns estupores e nos obrigasse a morrer? "
Passaram-me coisas do género pela tola e no fundo, no meio de uma tristeza sugerida pelo livro, tive alguma esperança pois quero acreditar que sim, que nos uníamos sim senhor, tal qual o euro e o mundial, só que numa cor mais sombria.
Bolas, é o que faz estar desempregada.
Dá tempo para sentirmos tudo.
5 comentários:
tb li e vi a adaptação a teatro no tec de cascais..mas não devia ser a tua sogra a Anne Frank que eu vi.. ;) ah.. e também já fui a casa dela em Amsterdão..impressionante!!!! Quanto aos portugueses.. é como tudo.. depende da natureza das pessoas.. umas uniam-se..outras nem por isso.. é assim!
ja li ha algum tempo, é absolutamente maravilhoso e comovente. e fartei-m d chorar c a adaptação para uma série de televisão...
Sinceramente não sei como iríamos reagir hoje em dia... Mas se olharmos à nossa história só temos de ficar optimistas: sempre que fomos invadidos mostrámos aos invasores a raça Lusa.
Dei esse livro à minha mãe no ano passado, tenho de ver se arranjo um tempito para o ler.
É um crime nunca teres lido, mas pronto ainda vais à tempo.
Eu li aos 18 mas depois voltei a ler aos 27.
Enviar um comentário